Superação

O delicado e comovente relacionamento de um menino - como qualquer um de nós já foi um dia, ao mesmo tempo bom, mau, sincero, valente, covarde, generoso, mesquinho - com alguém muito especial, sob vários aspectos, é o tema desse livro. Convivendo com a personagem que dá título à obra, esse menino aprende que ver, mas ver realmente, é aprendizagem para toda a vida. Quem consegue uma visão mais aguçada da vida não restringe aos olhos a possibilidade da visão. O menino hoje homem aprendeu a coisa ma is importante na relação entre as pessoas: a aceitação. E em meio à escuridão terrível de que são feitos todos os nossos preconceitos, intolerâncias e tantos outros sentimentos ruins, consegue por fim não ler com as mãos, mas enxergar muito melhor.

Mais de trezentos anos de escravidão legaram ao Brasil uma sociedade na qual o racismo se infiltra no cotidiano das maneiras mais perversas. Do lápis de pintar usado na escola aos termos com os quais as pessoas se auto definem, resultante da gama de tons que a mestiçagem – reconhecida ou não – produz, a beleza da cor e da diversidade só agora começa a ser notada.

Marco, contra sua vontade, é entregue pelos pais a um circo. Ele precisa dormir ao lado de um leão malcheiroso e é encarregado de ser ajudante do palhaço, personagem que lhe inspira um medo ainda maior do que felino com o qual divide o quarto. Junto a outras duas crianças da trupe, o jovem enfrenta o cotidiano circense, repleto de trabalho e adultos pouco amigáveis.

O autor Júlio Emílio Braz, neste livro voltado para o público infanto-juvenil, nos traz uma história onde o tempo é elemento preponderante: o passado dialoga com o pretérito mais-que-perfeito. E, nessa confluência de épocas, sobrevém a gripe espanhola, um acontecimento mais marcante peste que assolou a humanidade no século passado. De modo leve, mas ao mesmo tempo denso, Júlio traz temas fortes como perda de familiares queridos e novas relações afetuosas. O projeto gráfico é de Raquel Matsushita, que para a capa já traz um pouco da engrenagem dessa maquina do tempo. É, então, ainda cercado dos encantos de uma infância algo idílica, que o protagonista se confronta com a morte. Forja-se um romance de formação ao mesmo tempo tocante, delicado e vibrante. Júlio Emílio Braz, autor veterano na Literatura Brasileira, consegue, nesse livro, atingir um de seus mais cativantes e emocionantes momentos em sua já consagrada carreira.

Antologia de crônicas tratando do tema da quarentena do Coronavírus em 2020. Os textos procuram uma flor no monstro do confinamento e tratam das tragédias e das comédias do isolamento social e o medo da pandemia. Prêmio Livro do Ano em Crônicas -2021 da AGES- Associação Gaúcha de Escritores.

O autor revela como um livro, que ele encontrou no lixo quando tinha 8 anos de idade, mudou sua vida para sempre. Morador do Complexo do Alemão, um dos locais mais violentos do Rio de Janeiro, Otávio criou em sua comunidade o projeto Ler é 10 - Favela, cujo objetivo é ensinar às crianças o prazer da leitura. Apesar da violência, do tráfico de drogas e da carência de recursos dos moradores das favelas, a história de Otávio prova que o livro tem um grande poder de transformação na vida das crianças e jovens. Uma história de luta e superação tornar realidade um sonho que parecia impossível.

Samuel tinha problemas para se locomover: as dificuldades não o impediam de se aproximar dos coleguinhas, que, sem os preconceitos dos adultos, achavam que eram formas do Samuel de brincar, fantasiar a vida, como todos eles faziam. O que ocorrerá a Samuel? O leitor pode escolher...

O MUNDO É FEITO DE PEQUENAS GRANDES COISAS. BASTA OBSERVARMOS COM OLHOS DE POETA. UM PEQUENO LIVRO PODE CONTER UMA GRANDE AVENTURA. UMA PEQUENA PALAVRA PODE MUDAR O RUMO DE UMA HISTÓRIA.

A degradação ambiental e social, provocada pelo homem egoísta, pode ser revertida por meio de atitudes educadas, comportamento cidadão de respeito e “De todos os animais da Terra, o mais complicado é o bicho homem! Come além da fome. Bebe além da sede. Maltrata a quem ama. Bajula a quem não ama. Destrói seu ambiente. Constrói seu próprio penar. Êta, bicho esquisito!” Assim começa essa delicada narrativa que apresenta o homem a partir de suas contradições. De forma sutil, algumas reflexões são apresentadas a respeito do comportamento do ser humano, considerado o único animal racional. O homem se comparado aos outros animais não merece ser chamado deste jeito. Ele é o mais confuso, esquisito e o que nega a sua natureza. pelos seres vivos e de solidariedade entre humanos. O lema deve ser “o correto cuidar da Terra”.