Sentimentos

O delicado e comovente relacionamento de um menino - como qualquer um de nós já foi um dia, ao mesmo tempo bom, mau, sincero, valente, covarde, generoso, mesquinho - com alguém muito especial, sob vários aspectos, é o tema desse livro. Convivendo com a personagem que dá título à obra, esse menino aprende que ver, mas ver realmente, é aprendizagem para toda a vida. Quem consegue uma visão mais aguçada da vida não restringe aos olhos a possibilidade da visão. O menino hoje homem aprendeu a coisa ma is importante na relação entre as pessoas: a aceitação. E em meio à escuridão terrível de que são feitos todos os nossos preconceitos, intolerâncias e tantos outros sentimentos ruins, consegue por fim não ler com as mãos, mas enxergar muito melhor.

Almir trabalha como engraxate na rodoviária de Jaú, cidade do interior de São Paulo. Certa noite, ao observar a estátua de bronze do aviador João Ribeiro de Barros, algo mágico acontece: a estátua começa a falar com o garoto! Num misto de realidade e fantasia, Almir revive com Barros a viagem que marcou a história da aviação brasileira: a travessia do oceano Atlântico. Embarque nesta viagem de fortes emoções e muitos desafios e descubra que para os sonhos se tornarem reais só é necessário dar asas a eles.

Eu e minha vovó estamos prontos para brincar! Nós vivemos aventuras e nos divertimos sem parar.

Todo esse lance que rola é a história de dois jovens, em seu primeiro dia de namoro, que são transportados para uma viagem fantástica pelo universo do futebol e apresentados tanto à história quanto à dinâmica do jogo por personagens que são antropomorfizações da bola e do pé. Passando por um cartola e até um gandula, a narrativa revela que o amor que está nascendo entre os dois também é alimentado pelo amor que ambos sentem pelo jogo. O relançamento pela editora Oficina Raquel (Rio de Janeiro) desse romance infanto-juvenil, que propõe uma viagem pelo interior do futebol, coincide com a realização no País da Copa do Mundo. Lançado em 1994, o livro foi atualizado para mostrar também as muitas mudanças que o futebol vem passando nos últimos 20 anos: tecnologias, redes sociais, novos craques e muito mais dinheiro.

Deixar a vida de criança e entrar no mundo adulto não é um desafio dos mais fáceis. Tatiana está nessa difícil fase: à procura de uma identidade, de novos amigos, de um amor verdadeiro e de boas notas na escola. Não bastasse tudo isso, há ainda o divórcio dos pais e a complicada convivência com a mãe. Achou pouco? Então conheça a rotina nada normal de uma adolescente em crise. Qualquer semelhança com a vida real não será pura coincidência.

A muitas milhas da costa vivia Anchovinha no oceano Pacífico. Magro e ágil, era o peixe mais veloz e aventureiro de seu cardume. Ele adorava brincar de líder, ia à frente dos milhares de anchovetas. Mas, às vezes, se metia em confusão. Um dia, Anchovinha, sem querer, colocou seu cardume em risco. Por isso, perdeu a confiança de todos e teve que viver sozinho, longe de seus milhares de companheiros. A vida sem companhia não foi fácil, até que sua curiosidade o levou à descoberta de um perigo que poderia colocar sua espécie em extinção. E com a ajuda de amigos, Anchovinha tem a oportunidade de livrar seu cardume das malhas das redes de pesca.

O autor Júlio Emílio Braz, neste livro voltado para o público infanto-juvenil, nos traz uma história onde o tempo é elemento preponderante: o passado dialoga com o pretérito mais-que-perfeito. E, nessa confluência de épocas, sobrevém a gripe espanhola, um acontecimento mais marcante peste que assolou a humanidade no século passado. De modo leve, mas ao mesmo tempo denso, Júlio traz temas fortes como perda de familiares queridos e novas relações afetuosas. O projeto gráfico é de Raquel Matsushita, que para a capa já traz um pouco da engrenagem dessa maquina do tempo. É, então, ainda cercado dos encantos de uma infância algo idílica, que o protagonista se confronta com a morte. Forja-se um romance de formação ao mesmo tempo tocante, delicado e vibrante. Júlio Emílio Braz, autor veterano na Literatura Brasileira, consegue, nesse livro, atingir um de seus mais cativantes e emocionantes momentos em sua já consagrada carreira.

Eu não tenho medo de monstros. Podem gritar e rolar de lá para cá. Nem mesmo aqueles com olhos assustadores; eu os convidaria para tomar um chá! Conheça o gato mais destemido de todos. Ele não tem medo de monstros ou qualquer criatura assustadora! Espere aí... Mas quem está batendo na porta?

A obra Conto em casa aborda com delicadeza os novos e, muitas vezes, angustiantes sentimentos vivenciados pelos pequenos isolados em casa por conta pandemia do novo coronavírus (Covid-19): o super-herói agora também precisa de um troço que tapa sorrisos? E cachorro precisa de máscara? Dar as mãos pode? E beijo? Boneca precisa de álcool gel? Machucado no joelho e vela de aniversário podemos assoprar? Ai, que saudade do meu avô! Amor, proteção, coragem, liberdade, espaço, simplicidade e humor. Tempo, melancolia, medo, solidão, vazio, tristeza e morte. Temas desenvolvidos por 15 autores, que juntos trazem à tona o universo infantil encerrado em espaços confinados, dentro e fora da alma.