E, naquele ano, a peste se espalhou na velocidade do ódio.
Os personagens de Diário da Peste se chamam Jota, Efe, Eme, Agá, Tê, Vê… Apenas letras, como os protagonistas de Kafka, em O castelo e O processo. Não é para menos: a epidemia de 2020 criou um enredo absurdo que poderia ser chamado de kafkiano.
O cotidiano de Jota, como o de muitos adolescentes, é um caldeirão de redes sociais, notícias, canções, livros, filmes e séries. Mas, neste ano, o garoto se vê diante do medo e da insegurança provocados pelo vírus, que se somam às demais maldades do mundo: a ganância, a violência, a intolerância, o ódio.
A válvula de escape, para Jota, pode estar no poder criador da imaginação e da palavra. Incentivado por seu terapeuta, o rapaz, que gosta muito de literatura, arrisca-se a escrever também a sua história.
Luís Dill mergulha o leitor nas dúvidas, angústias e planos de um jovem em crise, mas também no turbilhão de discursos antagônicos que é marca registrada do nosso tempo. Ao redor de Jota, uns apoiam a direita, outros defendem a esquerda e alguns só querem fugir da política. Narrador hábil, Dill não alivia para nenhum dos lados e se deleita ao criar personagens com visões de mundo tão distintas, mesmo quando a tragédia bate à porta.
Bem-vindo à peste nossa de cada dia.
Leo Cunha
Descrição
Informação Adicional
Autor | Luís Dill |
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Tradutor | Não |
Ano de Edição | Não |
Editora | Abacatte |
ISBN | 9786589586081 |
Ano | Não |
Edição | 1 |
Origem | Não |
Formato | Papel |
Encadernação | Brochura |
Idioma | Não |
País | BR |
Páginas | 232 |
Altura | 1 |
Comprimento | 21 |
Largura | 14 |
Peso | 0.350 |
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