Prêmio Cátedra 10 2021
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Seres notáveis do folclore
R$30,40Se um pio de coruja te acordar durante o sono, cuidado: pode ser a Matintapereira batendo à porta. Cabra-cabriola é outro de quem é melhor manter distância, pois o danado gosta de pegar malandrinhos que fogem da escola. Mas os rios também guardam mistérios: Iara, meio moça e meio peixe, pode enlouquecer alguém com seu canto de outro mundo. Boitatá pode passar com seu corpo brilhante. E o Boto, disfarçado de gente, de inocente não tem nada. Seres notáveis do folclore, com texto e ilustrações de Mario Bag, apresenta aos leitores miúdos personagens como Saci e Lobisomem. Mas também figuras nem tão conhecidas em todas as regiões do país. É o caso de Anhangá, um espírito que protege o mundo animal, sob a forma de um cervo branco. Romãozinho, o fantasma de um menino que era muito malvado. Ou Papa-figo, o velho do Recife, famoso por sequestrar criancinhas para comer seu fígado. Apesar do aparente horror incrustado nessas histórias, os versos de Mario Bag preservam a manemolência, a graça e a magia que é justamente o que as fazem permanecer vivas. Medo e mistério, afinal, são elementos básicos da arte das histórias orais, que marcam tão fortemente as culturas nas diferentes regiões do Brasil. Já as ilustrações tratam de representar esses seres notáveis não apenas com pinta de monstros, mas também com humor - e até certa dose de doçura e bossa. Com isso, o autor não apenas resgata personagens de nosso imaginário coletivo, como também lhes atribui alguns traços pessoais, oferecendo personagens repletos de charme, prontos para fisgar o interesse do público contemporâneo. -
O pomo de ouro e o cavalo de Troia: duas histórias gregas do jeitinho que eu gosto de contar
R$37,30Já ouviu falar em amor provocar guerra? Estranho, né? Mas acontece. Ainda mais, como nestas histórias aqui, quando há a participação dos deuses e deusas gregos. São muito temperamentais! Além de superpoderosos, esses deuses e essas deusas têm, em alto grau, todos os defeitos que nós, seres humanos, temos: cobiça, inveja, raiva, vaidade, ciúmes, orgulho e por aí vai. Neste livro, as divindades gregas aprontam – e muito! –, a ponto de um lindo amor causar uma longa e cruel guerra. -
Dora, uma menina nordestina
R$37,90Dora nasceu numa cidade do Nordeste brasileiro e viajou com sua família num caminhão pau de arara por muitos e muitos quilômetros. Até que chegou ao Rio de Janeiro. Mais especificamente ao morro da Casa Branca, no bairro da Tijuca. A menina ficou surpresa com a imponência da floresta, e logo se afeiçoou aos cachorros e gatos que passeavam pela favela, aos micos correndo sobre os cabos de luz, ao ar fresco que vinha do verde. Dora, uma menina nordestina, aliás, nasceu a partir da experiência e das memórias do próprio autor, que se mudou para o Morro da Casa Branca, onde mora até hoje, aos dois anos de idade. Para dar o tom a essas lembranças, Gabriel Ben desenhou imagens vibrantes e cheias de cor - como os afetos das crianças que experimentam as diversas facetas de brasilidade. -
As sutis camadas dos pensamentos de Nestor
R$39,90Nestor quer desvendar o que há por dentro de tudo. Quer saber se os seus sentimentos são feitos de camadas. Felizmente, Nestor conta com a sutileza de Clarice, sua mãe com a força de Nicodemos, seu pai e com a sabedoria e inteligência de Arquimedes, seu professor. Com o apoio dos três, Nestor mergulha nas sutis camadas de seus pensamentos. -
Tufã não gosta de Fagá
R$39,90Tufã é uma criança neandertal que para fugir do frio, se abriga em um lugar onde nunca esteve. Lá, conhece Fagá. Tufã e Fagá são muito diferentes e para viverem em harmonia, precisam se conhecer melhor e aprender sobre respeito mútuo. -
O menino que perdeu o ônibus
R$44,50Um atraso, um átimo, um deslize. O que pode acontecer após uma brevíssima mudança no roteiro do dia? O quanto de mundo pode irromper aos olhos de um menino que simplesmente perde o ônibus? E que, por esse mero desvio na rotina, acaba conseguindo reparar no tanto de vida desfilando à sua volta? Em O menino que perdeu o ônibus, Guto Lins convida os leitores a uma jornada pela faceta exuberante e lírica dos espaços mais corriqueiros. Apesar de correr mais rápido que as pernas, o protagonista dessa adorável aventura só chega a tempo de ver que seu ônibus ?virou ladeira/virou poeira?. Esta é a deixa para que seu olhar, desarmado pelo imprevisto, acabe flagrando cenas que não teria reparado num dia normal. A seta de gaivotas rasgando o céu. O urso polar, o dragão e o coelho de pernas curtas desenhados nas nuvens. O coração tatuado na pele de uma árvore, a fábrica de vaga-lumes escondida em outra. Apesar do aparente horror incrustado nessas histórias, os versos de Mario Bag preservam a manemolência, a graça e a magia que é justamente o que as fazem permanecer vivas. Medo e mistério, afinal, são elementos básicos da arte das histórias orais, que marcam tão fortemente as culturas nas diferentes regiões do Brasil. Já as ilustrações tratam de representar esses seres notáveis não apenas com pinta de monstros, mas também com humor - e até certa dose de doçura e bossa. Com isso, o autor não apenas resgata personagens de nosso imaginário coletivo, como também lhes atribui alguns traços pessoais, oferecendo personagens repletos de charme, prontos para fisgar o interesse do público contemporâneo. -
Meu bairro
R$48,00A Dona Marta sai todas as manhãs e verifica se o mundo está no seu lugar: as amigas numa varanda jogam cartas, a praia habitual no local habitual, as crianças divertem-se no pátio da escola. O bairro da Dona Marta é um bairro como outro qualquer, mas também é um bairro único no mundo, porque é o dela. O cotidiano de Dona Marta nos mostra que as nossas avós ou tias têm suas vidas presentes atribuladas de coisas a fazer e que também tiveram uma vida passada tão animada quanto as nossas. -
O corte e a chama
R$54,00“O Corte e a chama”, de Leo Cunha e Paulo Rea, publicado pela Editora Pulo do Gato, é um livro em que um tema contemporâneo e da maior complexidade é explorado poeticamente com a contundência de uma tocha ardente ou uma lâmina de serra. Não há como sair indiferente após a leitura. Dois poemas narrativos exploram um mesmo tema por dois pontos de partida que convergem na mesma consequência: a destruição da flora, fauna e dos povos da floresta por meio das queimadas e do desmatamento. “A floresta em cinza Conta penas e cicatrizes. Ninguém ouve?” O texto verbal é estruturado em duas narrativas poéticas simetricamente, espelhadas em ritmo seco, vocabulário justo, sem floreado, jogos de linguagem que não fazem rir, mas geram agonia, desalento. Duas capas, dois títulos, dois autores. Cada poema narrativo começa de um lado do livro e segue até o meio, onde a poesia deixa a palavra e se transforma em imagem: a terra abatida e devastada fala por si. Não há final feliz ou esperança. O leitor vira então o livro de cabeça para baixo e inicia a outra narrativa até chegar à mesma imagem central: a terra queimada e sem vida. Não há por onde escapar. Engole-se a seco. O nó da madeira vai para a garganta. Os poemas de cada página podem ser lidos em sequência, como estão apresentados, mas um leitor ousado talvez queira organizá-los em outra ordem, pois cada um possui sua unidade de sentido. Experimente. Leo Cunha segue por um caminho, mas permite que o leitor ande pelo que desejar, desde que deixe a passividade do passeio e chegue à indignação. -
Menininho
R$55,90ENQUANTO O PASSARINHO CONSTRÓI SEU NINHO, O MENININHO RECOLHE DO QUINTAL OS OBJETOS PARA CRIAR SEUS BRINQUEDOS. ENTRE COSTURAS E MARTELADAS, MENINO E PASSARINHO ESTÃO UNIDOS PELO FIO DA HISTÓRIA. -
Mexique: O nome do navio
R$56,00Em 27 de maio de 1937, um grupo de 456 meninas e meninos embarcou no transatlântico Mexique, que partiu de Bordeaux, na França, para o México. Eles deveriam permanecer lá por três ou quatro meses, mas não contavam com a derrota republicana ou o início da Segunda Guerra Mundial, dois episódios que tornaram seu exílio definitivo. As "crianças de Morelia" nunca mais voltaram a sua pátria e, se o fizeram, várias décadas depois, encontraram um país, irmãos e paisagens que já não reconheciam. Este livro conta a história de um navio, sabendo que não há registro de todos aqueles que cruzam o oceano todos os dias, transferindo seres humanos que têm direito a uma vida digna sem que a terra se desintegre sob seus pés.